sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Vôo cego





Brasília
ilha
vasilha
vazia
asa
subvoava
no lago
ilha
vasilha
perdi a nave
perdi o norte
rumo aos seus satélites
elites sem asas
ilhas vazias
brasília
asa
vazia
caida
rumo aos satélites
para no ar
voa ilha vazia
vais ilha
braisilha
um plano de vôo
sem piloo
ilhado.

2 comentários:

sonoraflora disse...

De Brasília te respondo
tão vazio quanto o ponto
que os trabalhadores batem
fugindo do final
um sinal de interrogação
rugas na testa
norte perdido na sul nuca
sol oeste atrás da orelha esquerda
pulgas inquietas
atravessando para a orelha leste
aprendendo a voar com elefantes
sem plano de vôo
nem piloto
pára no ar para meditar
não vou me afogar no prana
a espinha quieta
a mente ereta
de ilha em ilha
como disse Alice
no país do mar é o que há.
Beto Brás

Cartunista Braga disse...

Adorei o poema. Que bom que você está agora aqui.